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Livro ótimo para ler na gravidez
O que esperar quando se está esperando
O livro sobre gravidez mais vendido nos Estados Unidos - que serviu de inspiração para o filme homônimo com Cameron Diaz, Rodrigo Santoro e Jennifer Lopez - é ótimo para pais de primeira viagem que desejam entender tudo o que se passa no corpo da mulher e do bebê durante os nove meses. E não precisa se assustar com o tamanho do livro, o gostoso é ir lendo conforme o período da gravidez que você estiver pois, mês a mês, ele mostra as transformações e sintomas de cada fase. O best-seller também aborda assuntos como alimentação da gestante, fases do trabalho de parto e os cuidados nas primeiras seis semanas do bebê.“Quando minha filha nasceu, ainda no hospital, as enfermeiras queriam dar mamadeira para ela dizendo que eu não tinha leite. Eu teimei e não deixei, pois o livro tinha me explicado tudo sobre o assunto dizendo que, no início, realmente não temos leite e sim o colostro, que é muito importante para o bebê.”, conta Gisela Menicucci Bortoloso, mãe de Thalita, hoje com 15 anos.
O Dr. Jorge Naufal dá dicas práticas para os homens enfrentarem, e participarem intensamente, do período da gestação.
Hoje não se discute mais a participação do futuro pai no pré-natal da mulher grávida; aliás, diria que é imprescindível e necessário.
É recomendável sempre que possível, acariciar o abdômen da mulher, dizer palavras doces e meigas no sentido de procurar uma comunicação física com o feto que está sendo gerado, transmitindo todo o seu carinho e afeto para o filho que deverá chegar em breve.
Esteja convicto que o feto esta recebendo esta comunicação e emoção transmitida. A parede do abdômen e do útero não são obstáculos para este acesso, pois está provado que o feto percebe sons, temperatura, luz e movimentos que ocorrem na parte externa próxima à parede abdominal da grávida,portanto o diálogo da mãe ou do pai com o futuro bebê é totalmente viável.
Muitos maridos passam a tratar a mulher de maneira muito diferente da habitual,como se a esposa estivesse doente, cercando sua liberdade de movimentação ou expressão.
Recomendamos que o companheiro procure ser carinhoso, atencioso, e, principalmente, mostre atração física e psicológica pela mulher, que muitas vezes se sente fisicamente menos sensual pelo estado gestacional e mudanças de seu corpo. Portanto, carinho e atenção à mulher grávida nunca são demais.
A gestação é instável do início da gravidez até o quarto mês, quando a placenta passa a funcionar plenamente, substituindo o corpo amareIo na produção dos hormônios,e também as vilosidades coriônicas na alimentação do embrião. Até atingir esta fase, é maior a possibilidade de ocorrer o aborto e realmente ele ocorre em vinte por cento das primigestas (primeira gestação) isto significa que, de cada cinco gestantes, uma vem a apresentar aborto.
Nesta fase, devido ao risco maior de sangramento e aborto, a reIação sexual deverá ser delicada, sem grandes movimentos abrutalhados, e sem grandes acrobacias ou mudanças de posições ou, ainda, sem posições esdrúxulas.
A gestação é mais estável do quarto ao sétimo mês, desde que não haja placenta de implantação baixa ou placenta prévia; até o quinto mês, a posição poderá ser tipo "papai-mamãe" (o homem por cima da mulher deitada na horizontal, de barriga para cima). Do quinto mês em diante, a relação deverá ser de lado; isso é válido principalmente após o sétimo mês, devido ao risco de estimulação da contração uterina e, obviamente, de parto prematuro.
O casal deverá deitar-se de lado na cama, um em frente ao outro, em paralelo; assim, não haverá condições de um jogar o peso do corpo, cima do outro, e a penetração do pênis, sendo menos profunda, não permitirá que o membro bata no colo uterino, não estimulando, portanto, a contração uterina. A relação não deve, também, ser muito demorada ou prolongada, pois orgasmos repetidos também estimulam a contração. Além disso, a vagina, estando tumefeita e congesta devido ao aumento da circulação e a repleção venosa, está mais sujeita a irritação, infecção (corrimento) sangramento.
Com todo o cuidado, o casal poderá ter relações até o oitavo mês e meio ou, mesmo, nas proximidades do parto. Após o parto, deverão reiniciar as atividades sexuais após quarenta dias, quando o colo uterino se encontra fechado, o sangramento pós-parto já cessou e o útero já sofreu uma boa involução.
O marido deve ter muita paciência e ser participativo, pois metade do material genético é de sua responsabilidade. A mulher, quando fica grávida, sofre modificações muito grandes na sua estrutura física, mental, psicológica e social - fica mais insegura, mais agressiva, chora com facilidade e, muitas vezes, fica cheia de caprichos e desejos. É fácil entender estes mecanismos e atitudes, pois a mulher é semelhante a toda fêmea prenhe que quer defender a sua futura cria (ou, no caso dos ovíparos, o seu ovo). É como se o resto do universo fosse inimigo e hostil; a agressividade se volta inclusive contra o marido ou os familiares - portanto, é preciso que haja muita paciência, muito diálogo, muita atenção e muito carinho, para não se desestruturar a estabilidade já precária da gestante.
Toda vez que houver condições de o marido atender a um capricho da gestante, deverá fazê-lo, desde que não seja absurdo; neste caso, deverá dialogar com ela e mostrar a impossibilidade da execução do mesmo, e, não, recusar diretamente o pedido.
Também não deverá forçar a relação sexual, pois, na gestação, na grande maioria das vezes, existe uma diminuição da libido - nenhum animal prenhe aceita a cópula; o ser humano é o único que continua a atividade sexual em caso de gravidez. O marido deve ter cuidado para não forçar esta situação, pois daí poderá advir conseqüências graves no relacionamento do casal e a mulher poderá se sentir humilhada, ultrajada ou, mesmo, ter a sensação de ser estuprada. Deve-se procurar, sempre, respeitar este aspecto.
O companheiro deve, sempre, conversar a respeito da gravidez, saber como a gestante se sente, ouvir suas queixas, traçar planos futuros, estimulá-Ia a atividades saudáveis e criativas como leitura, exercícios, etc. Deve participar das massagens recomendadas para o corpo dela e, sempre que possível, em fase mais adiantada da gravidez, ajudá-Ia a se levantar ou fazer serviços para os quais ela se encontre impossibilitada, como carregar muito peso ou abaixar-se demais, poupando-lhe esforços que possam causar dor ou contração uterina.
Quando a gestante estiver sozinha, deverá, ao sair da cama, seguir a seqüência: virar de lado, colocar uma perna para fora da cama em seguida à outra e apoiar a suspensão do corpo, usando o braço de baixo.
É interessante o marido, sempre que possível, acompanhar o trabalho de parto da mulher e, também, estar presente por ocasião do nascimento do bebê, quer seja parto normal, quer seja cesárea, pois, assim, irá valorizar e enaltecer o desempenho e tudo o que a mulher passou no transcorrer da gravidez e da maternidade.
O marido deve, junto com todos os familiares, criar um ambiente calmo, alegre, receptivo e extremamente voltado a todo o apoio e segurança à grávida. Só assim ela terá uma gestação saudável sem percalços.
Dr. Jorge Naufal, médico ginecologista e obstetra, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1964. Foi acadêmico plantonista na Casa Maternal Leonor Mendes de Barros e na Maternidade de São Paulo. Fez residência médica de 3 anos no Dpto. de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, tendo sido professor assistente-voluntário. Foi professor de obstetrícia na Escola de Enfermagem Obstétrica da Universidade de São Paulo; foi fundador do depto. Médico do Instituto Municipal de Previdência de São Bernardo do Campo. Foi fundador e é um dos sócios da Neomater Hospital e Maternidade, localizado em São Bernardo do Campo. É autor do livro "Gravidez - Um Caminho Seguro",já em sua segunda edição.
Quais papais e mamães não ficam curiosíssimos para saber o sexo do bebê assim que o teste aponta que estão “grávidos”? O prazer de poder já chamar o pequenino da barriga pelo nome, escolher as roupinhas adequadas ou até mesmo decorar o quarto de acordo com o sexo do bebê são desejos de quase todos os pais.
O que acontece na maioria das vezes é que papai e mamãe têm que esperar até mais ou menos a décima sétima semana de gestação para realizar uma ultrassonografia e assim saber o sexo do pimpolho que está dentro da mamãe.
E tem ainda o risco do bebê ser muito “tímido” ou “travesso” ficando de perninhas fechadas, cuja visualização do sexo na ultrassonografia pode ficar impossível.
Para os papais e mamães mais ansiosos e nem tanto antenados, já existe um exame realizado a partir da oitava semana que aponta o sexo do bebê com quase 100% de acerto. Esse exame chama-se Sexagem Fetal.
Não é um exame invasivo. É feito pela amostra de sangue da mamãe. Não precisa de jejum e nem de preparação anterior ao exame. Retira-se mais ou menos 20 ml de sangue da mamãe, onde se analisará o DNA do feto. Isso mesmo, DNA do feto no sangue da mamãe.
A grande descoberta de que no plasma materno existe DNA do feto transferido pela placenta foi do cientista chinês Y. Dennis Lo. A partir dessa descoberta conseguiu-se analisar esse DNA e saber se existe ou não o cromossomo Y.
A mulher tem dois cromossomos sexuais X e o homem tem um X e um Y. Se no DNA do feto a partir do sangue da mamãe for encontrado um cromossomo Y pode-se dizer que será um menino. Se não houver esse cromossomo,será uma menina.
No caso de gêmeos univitelinos, idênticos, o teste é válido para os dois bebês. Se o exame der menino, os dois bebês serão meninos. Se der menina, os dois bebês serão meninas.Gêmeos idênticos têm o mesmo DNA e, por isso, o mesmo sexo. Em gêmeos fraternos, bivitelinos, o resultado positivo para “Y” significa que ao menos um dos gêmeos será menino. Se o resultado der ausência de cromossomo “Y” pode-se dizer que ambas são meninas.
A Sexagem Fetal tem quase 100% de acerto se for realizado a partir da oitava semana gestacional. Antes há maior risco de erro.
O exame da sexagem fetal pode dar errado caso a mamãe já tenha recebido transfusão de sangue ou transplantado um órgão de outro homem.
Por enquanto, esse teste só serve para a identificação o sexo dos bebês, mas já está em estudo para que sirva também para identificar algumas doenças, substituir outros exames que são mais invasivos e até a realização do cariótipo fetal. O que dificulta é a pequena quantidade de células fetais no sangue materno.
fonte.folha uol
https://el2.me/L5Hr
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