DICAS PARA O NÃO APARECIMENTO DE ESTRIAS
1-
Use protetor solar diariamente com, no mínimo, fator 30. As grávidas que se expuserem ao sol devem reaplicá-lo a cada duas horas. Quem não for sair de casa pode passar duas vezes ao dia;
2 -
Evite expor-se ao sol das 10h às 16h. Lembre-se que tomar um pouco de sol fora desse período é importante para os ossos, já que ativa a vitamina D;
3 -
Use óculos escuros;
4 -
Use chapéu;
5 -
Após a gravidez, as manchas escuras podem ser tratadas por um médico com ácido retinóico, ácido glicólico, hidroquinona, entre outros. É importante ressaltar que essas substâncias não podem ser usadas durante a gravidez;
6 -
Para evitar estrias, fique atenta à hidratação do corpo. Aplique duas vezes por dia, uma delas após o banho, cremes com óleo de amêndoa ou de semente de uva, por exemplo;
7 -
Mantenha uma dieta equilibrada para evitar ganho de peso excessivo. Se possível, conte com o acompanhamento de uma nutricionista;
8 -
Após a gravidez, as estrias podem ser tratadas com ácidos ou laser. As técnicas amenizam cerca de 70% do problema.
A gravidez proporciona intensas mudanças no organismo da mulher, visíveis ou não. Além do barrigão, pode-se também notar diversas alterações na pele, algumas positivas e outras nem tanto. Começando com o lado bom, as grávidas tendem a ter a pele mais brilhante devido ao aumento do fluxo sanguíneo, que provoca um rejuvenescimento e as já famosas mudanças hormonais, que fazem como que as glândulas sebáceas entrem em grande produção.
Porém, a pele das mulheres grávidas também pode gerar manchas e outras modificações não tão agradáveis. Fabiana Addario é dermatologista e comenta sobre essas transformações tão comuns nas gestantes. “A gravidez é caracterizada por uma série de alterações hormonais onde as manchas são muito frequentes. As mulheres grávidas devem usar o protetor solar fator maior ou igual a 30, com camadas generosas, várias vezes por dia, pelo menos às 8h, 12h e 16 horas”
Quem tem a pele mais escura, pode ter maior propensão para o cloasma, que são machas amareladas ou acastanhadas que aparecem no rosto. É causado pelas transformações hormonais da gravidez. Como Fabiana disse, para prevenir o ideal é evitar a exposição ao sol e usar protetor solar. “Devem, além do protetor, evitar os horários de maior incidência da radiação solar (das 10h às 16 horas) e usar chapéus e óculos escuros”. A Linea Nigra também é bem comum na gravidez: é aquela linha escura que vai do umbigo ao centro do osso púbico. Essa linha sempre existiu, mas são as mudanças hormonais que a deixam visível. Depois de um tempo do parto, ela some assim como as manchas do cloasma.
Fabiana também conta que é comum o aumento de espinhas e que as grávidas devem ficar atentas caso queiram tomar alguma medicação. “Nem todas as medicações usadas habitualmente são liberadas pela ANVISA para o uso em gestantes. Por exemplo, medicamentos ou sabonetes a base de Ácido Salicílico devem ser substituídos por outros sem essa substância. Ácidos Retinóicos e seus derivados também são contraindicados. Já os Ácidos Azelaico, Glicólicos e algumas vitaminas são liberados”.
Outra alteração recorrente nas gestantes são as estrias. “Elas também são queixas comuns e devem ser evitadas com hidratantes, de preferência sem cheiro para não piorar o enjoo. Tanto os hidratantes faciais como corporais devem ser livres de Ureia.” A dermatologista afirma que o ideal é evitar a automedicação e procurar especialistas para tratar essas mudanças na pele.
Natássia Massote
Tintura na gestação: pode ou não pode?
Um dos assuntos mais controversos entre as mulheres envolve o uso ou não de tintura ou qualquer outro produto químico nos cabelos durante o período de gravidez. Será que vai fazer algum mal para o bebê que está dentro da barriga? Qual conseqüência pode trazer o uso da tintura durante a gestação?
As tinturas, principalmente as mais antigas, alisamentos ou permanentes contêm muitas substâncias que são absorvidas pelo couro cabeludo (entre as quais a amônia, o benzeno ou formol), região bastante vascularizada, que chegam até o bebê e podem prejudicá-lo.
Porém, há divergências entre os especialistas quanto ao uso de produtos químicos durante a gestação. Uns reprovam, outros minimizam. No entanto, boa parte dos profissionais recomenda o uso de tinturas somente após o terceiro ou quarto mês de gestação, período em que as chances de más-formações diminuem. Muitos nem sequer recomendam o uso de produtos químicos nos cabelos em qualquer época da gestação.
Há ainda médicos que indicam o uso de produtos naturais, como a henna ou a tintura que não é feita na raiz dos cabelos, como mechas e reflexos, que é aplicado com uma touca, protegendo o couro cabeludo dos produtos químicos.
Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a médica Robertha Nakamura condena o uso de produtos químicos no período de gestação, embora saliente não existir provas concretas de que a tintura tem efeito direto na gravidez. Nakamura acrescenta que há poucos estudos nessa área que possam evidenciar um possível dano ao feto, principalmente no início da gestação.
Polêmico, o uso de produtos químicos na gravidez deve ser visto com cautela pelas mamães. Não há ainda comprovada uma quantidade mínima de produto químico que possa ser usada sem que prejudique a saúde do bebê em formação.
Como todo cuidado é pouco, evite a realização de tintura agressiva, alisamento ou qualquer outro uso de produto químico nos cabelos durante a gravidez, principalmente nos primeiros meses.
Por ser uma questão de opiniões diversas e contraditórias, o ideal é que você, mamãe, consulte o seu médico de confiança e peça para que dê informações sobre o uso de produtos químicos durante a gravidez.
Lembre-se sempre que melhor do que ficar bonita é cuidar para que o bebê que está se formando dentro da sua barriga nasça com a maior saúde do mundo.
Dicas
Antes de engravidar, informe-se com o médico sobre os produtos que usa cotidianamente vão poder ser usados durante a gravidez.
Tente seguir tudo o que seu médico te orientar, não se deixando levar pelo que sua amiga falou para fazer.
Nove meses não são uma eternidade, passam rápido! Embora não haja uma relação direta entre tintura e malefícios na gestação, profissionais de dermatologia reprovam tinturas nestafase.
Bruno Rodrigues
O inverno é uma estação que judia da pele da maioria das pessoas, mas especialmente das gestantes. “Nessa época do ano, além do ressecamento, a gestante deve ainda se preocupar com o aparecimento de manchas, que acontecem em qualquer época do ano, com frio ou calor”, explica a Dra. Silvia Zimbres, dermatologista da Doux Dermatologia.
O ressecamento da pele da gestante é mais acentuado a partir do segundo trimestre, quando a pele tende a ficar mais ressecada do que de outras pessoas durante o inverno. “A pele costuma estar mais oleosa nos primeiros três meses de gestação. Já no segundo e terceiro trimestre, o ressecamento costuma ser mais intenso”, alerta a dermatologista.
Para evitar o ressecamento, os cuidados com o banho são fundamentais. “Eles não devem ser demorados nem muito quentes. Além disso, o uso de hidratantes específicos é fundamental, pois a pele desidratada apresenta uma tendência maior ao aparecimento de estrias”, ensina a médica. O hidratante deve ser usado em todo o corpo e a concentração de uréia no produto não deve passar os 3%. A Dra. Silvia explica que óleos puros sobre a pele não são efetivos para hidratação, pois permanecem na superfície da pele e não hidratam em profundidade.
Outro problema que assombra as gestantes são as manchas, muito comuns na gravidez. Ao contrário do que a maioria das mulheres pensam, elas não tendem a desaparecer durante o inverno. “As manchas tipo melasma da gravidez acontecem no verão e no inverno, sendo o uso de filtro igualmente importante em qualquer época do ano, pois o índice de ultravioleta é alto o ano todo e as oscilações hormonais da gestante acontecem da mesma forma, favorecendo sempre o surgimento de manchas”. Por isso, o uso do filtro solar com proteção acima de FSP 30 é fundamental todos os dias, independente do clima.
Se a pele já apresentar manchas, o dermatologista que acompanha a gestante pode indicar que ela use localmente a vitamina C e até alguns ácidos, como glicólico e kógico.
Para manter a pele saudável durante todo o inverno, também é importante se alimentar bem e beber bastante água para hidratar o corpo, pois mesmo no frio a gestante tem a tendência de reter líquidos. Outra dica da Dra. Silvia é ‘escutar’ a pele. “Ao longo da gravidez ela pode passar por momentos de oleosidade e logo a seguir de ressecamento. Procure um dermatologista para orientar quanto ao que usar em cada momento”.
Dicas:
Paula R. F. Dabus
A queimação no estômago é uma sensação que incomoda muitas gestantes. Apesar de a azia ser comum durante a gravidez, vale a pena tomar alguns cuidados para evitar esse desconforto.
Em primeiro lugar, é preciso entender por que a azia aparecer durante a gestação, mesmo em mulheres que nunca sofreram com isso. Ela é causada pelas mudanças hormonais e do corpo. Como o útero ocupa cada vez mais espaço, o estômago e o intestino ficam pressionados e a digestão vai ficando cada vez mais lenta. Então, formam-se gases e, com o estômago pressionado, a comida sobe de volta ao esôfago.
Outro motivo é o aumento de progesterona no corpo durante a gestação. Esse hormônio causa o relaxamento da válvula que separa o estômago do esôfago e, conseqüentemente, os ácidos gástricos sobem para o esôfago dando a sensação desagradável de ardência no peito e na garganta, assim como o gosto ácido na boca.
Para amenizar a sensação de queimação é preciso ajustar a alimentação. O primeiro passo é cortar do cardápio alimentos pesados, com muitos condimentos, gordurosos e fritos, especialmente à noite. Evite também chocolate, café, frutas cítricas, tomate, vinagre e bebidas alcoólicas e gaseificadas. Para evitar o refluxo e ajudar a digestão, faça várias refeições pequenas e freqüentes durante o dia, coma devagar mastigando bem os alimentos e não beba muito líquido nas refeições.
Outro cuidado que pode ajudar a aliviar os sintomas é evitar deitar durante pelo menos uma hora após as refeições. Procure elevar a cabeceira da cama usando almofadas e travesseiros. Dormir em uma posição quase sentada, com a cabeça levantada, ajuda a manter os ácidos no estômago.
Também é importante controlar o seu peso e usar roupas largas e confortáveis, que não apertem a cintura e o estômago. Se esses cuidados não ajudarem a aliviar a azia, procure um médico. Ele poderá avaliar melhor seu estado e, se necessário, receitar o uso de um antiácido.
Paula R. F. Dabus
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